Conta- quilómetros


Dia 1 18 km
Mondim de Basto > Tejão > Figas de Ermelo > Ermelo
Saia de Mondim pela EN 304 em direcção a Vila Real, mas, antes de Ermelo, faça um pequeno desvio pelo Tejão através de uma estrada em terra.
De novo na EN 304, direcção Vila Real, mais um desvio, desta vez vire na placa onde se lê "Ponte Medieval". Para ir do Ermelo até às Fisgas de Ermelo é preciso utilizar uma estrada secundária.

Dia 2 142 km
Mondim de Basto > Lamas de Olo > Vila Real > Bisalhães > Vidago > Chaves
Seguindo pela EN 304 não são mais do que 74 km até Vila Real, mas ainda assim, e apesar de ser um percurso interessante, a nossa sugestão é que se meta primeiro pela 312-1 e em seguida pela 313, pois não vai gastar mais tempo e a paisagem compensa. De Vila Real até Chaves são 68 km. Tome a E801/A24/ IP3 em direcção a Viseu/Chaves, com saída na placa que diz Chaves. Continue até ao viaduto de Vila Pouca de Aguiar e saia em Boticas/Chaves. Apanhe a EN103, atravesse a Reboreda e está em Chaves.

Dia 3 0 km
Chaves
A nossa sugestão é que aproveite ao máximo o terceiro dia em Chaves, mas deve ter presente as seguintes distâncias para calcular a sua viagem de regresso: Lisboa a 466 km e Porto a 180 km.

quarta-feira, 19 de maio de 2010 à(s) 09:51 , 0 Comments

Mondim de Basto a Chaves






Mondim de Basto é um município português pertencente ao Distrito de Vila Real, região Norte e sub-região do Ave, com cerca de 3 400 habitantes.

É um município com 171,87 km² de área, subdividido em 8 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município de Ribeira de Pena, a sueste por Vila Real, a sudoeste por Amarante, a oeste por Celorico de Basto e a noroeste por Cabeceiras de Basto.

Vila e sede de concelho, Mondim de Basto repousa numa chã fértil na margem esquerda do rio Tâmega e no sopé da grandiosa pirâmide verde do Monte Farinha, coroado pela ermida da Senhora da Graça

à(s) 09:12 , 0 Comments

Chaves


A localização do ainda recente Hotel Casino,não foi fruto do acaso. Estamos perante um complexo turístico polivalente, que impressiona pelo seu gigantismo e pela tamanha capacidade e ofertas.
A arquitectura “fria” de Rui Lacerda tem um contraponto bastante interessante, e até inesperado, na decoração concebida por Fernando Marques de Oliveira, que não hesitou em recorrer a cores arrojadas como o laranja, o encarnado ou o preto. Este é, portanto, um hotel policromático, mas sóbrio q.b., com pormenores interessantes que nos remetem para o jogo – até mesmo nos 72 generosos quartos e seis suites, com vista para a cidade ou para a montanha.

Quando está a todo o vapor, o que acontece durante os fins-de-semana, o Hotel Casino Chaves pretende ser uma alternativa credível de animação nocturna, com espectáculos, bares e um pólo gastronómico

O conjunto das suas termas continua a ser uma atracção e tanto; não só pela antiguidade das mesmas, como pode ser atestado nas escavações no Largo de Chaves (permitindo comparar a sua imponência às de Bath, em Inglaterra), como também pela sua qualidade.

Rica em monumentos e paisagens, Chaves preserva núcleos históricos como o bairro à volta do castelo, que nos traz à lembrança a Alfama lisboeta, ou como as ruas Direita e de Santo António.

à(s) 08:48 , 0 Comments

Por Mondim de Basto, Lamas de Olo, Vila Real, Bisalhães, Vidago e Chaves


Acordo, vou à janela e afasto, de um arremesso só, as pesadas cortinas. Há nuvens, mas o Sol, teimoso, ameaça perfurar os maciços de nuvens e tudo pode acontecer. Tomo o pequeno-almoço quase colado às enormes vidraças, hipnotizado pelo contraste entre o verde da serra solitária, o azul da piscina deserta e o amarelo das espreguiçadeiras alinhadas, mas vazias. Há um riacho que cavou o seu leito no granito. É hora de dizer adeus ao Mondim Hotel e de me fazer, mais uma vez, à estrada.

Traço um caminho menos óbvio até Vila Real, primeiro pela 312-1, em seguida pela 313, que me há-de permitir desfrutar de uma paisagem atávica, com planaltos a maior altitude, onde tudo, ou quase tudo, é ainda rústico, simples, silencioso e duro. Rodo por lugares como Bobal ou Lamas de Olo, onde muitos praticam uma agricultura de subsistência e se ocupam do gado.

Uma chuva miudinha recebe-me em Vila Real. Ancorada entre as serras do Marão e do Mesio, na encruzilhada trasmontana, esta cidade maronesa tem crescido a bom ritmo, em grande parte acelerada pelo pólo universitário e pelos imperativos económicos, mas conserva uma graça que lhe vem de construções como as casas antigas, com as típicas adufas (balcões ou sacadas) em madeira, que podem ainda ser apreciadas na Rua dos Ferreiros, ou a Capela Nova, cuja fachada ornamental se deve a Nicolau Nasoni (o arquitecto italiano do Palácio Mateus – edição de Outubro de 2008).
É numa rua contígua à capela que encontro o restaurante Terra de Montanha. Quando deixo Vila Real, já um feixe tímido, mas insistente, ilumina a tarde. À saída, e além de Mateus, merece um desvio rápido a povoação de Bisalhães, onde há várias décadas mestres oleiros tentam perpetuar a tradição do barro negro, oriundo de Parada de Cunhos.

O resto da rota até Chaves há-de ser feito sem sobressaltos. Pelo caminho pode parar em Vila Pouca de Aguiar, onde fica a capela e miradouro de Nossa Senhora da Conceição, em Pedras Salgadas ou no Vidago, sendo certo que nestas duas últimas, se as termas ainda não estiverem abertas, não encontrará muito que fazer ou ver. Chego à cidade flaviense, também aclamada como capital do alto Tâmega, um pouco antes do lusco-fusco. Nem de propósito, é esta a hora mágica para aguardar na mais antiga das suas pontes – a de Trajano, que liga o centro antigo à freguesia mais recente da Madalena –, que os lampiões se acendam vagarosamente. Não sei se é da bruma, que entretanto baixa, se do ar frio e espesso impregnado de um odor adocicado a madeira ardida ou se da donzela de olhar absorto nas margens, mas logo ali, naquele preciso instante, me perco de amores por Chaves.

terça-feira, 18 de maio de 2010 à(s) 13:23 , 0 Comments